segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Lançamento do livro em 12 de março de 2008.

Muitas pessoas me perguntam como surgiu a idéia de escrever sobre o câncer.
Eu respondo sempre da mesma forma: quando tive a notícia da doença e de que já eram 3 tumores, imaginei que fosse morrer, que já estivesse toda empipocada. Pensei na minha filha que na época estava com 12 anos. Pensei que não estaria por perto quando ela ficasse moça, quando sofresse a primeira desilusão amorosa, quando precisasse da mãe naqueles momentos em que só serve mesmo a mãe da gente. Daí, pensei em um diário, um livro cheio de conselhos, que acabou se transformando em um livro mais abrangente, contando a minha experiiencia com a doença. No início, os textos estavam deveras piegas, porque a doença na verdade se manifestava assim. Era a fase das tragédias, dos diagnósticos, das cirurgias, das primeiras quimios. Graças ao bom Deus, o limão azedo foi se transformando na caipirinha. A quimio foi tranquila, perder os cabelos teve lá o seu drama mas nada tão estarrecedor assim. Glória Peres disse outro dia em uma revista: "O que é perder os cabelos para quem já perdeu dois filhos?" Pois bem, comigo também foi desta maneira. O câncer teve seu lado comédia. Tanto, que uma editora especializada em comédias resolveu publicá-lo. O lançamento foi em 12 de março de 2008, um dia em que chovia a cântaros. Quando lá cheguei, na Livraria da Vila, para a noite de autógrafos, meu editor, Paulo Tadeu,  me perguntou: "Quantas pessoas você convidou?" Eu respondi a ele que por volta de duzentas. Ele então me disse: "Com essa chuva e com esse trânsito, vamos receber por volta de 60 pessoas. "Tudo bem, venderemos uns 50 livros e pagaremos o cocktail", disse ele. Apareceram mais de 300 pessoas. Segundo o Paulo Tadeu, foi recorde de público da editora. Sentada na mesa para autografar, me emocionei por diversas vezes ao observar a imensa fila que se formava com rostos de pessoas tão queridas. Amigos recentes e de longa data. Gente que veio até de outros Estados, como o querido Vilmar.Gostaria de ter espaço aqui para mostrar a foto de todo mundo. Seguem algumas. Se tiverem interesse, o álbum completo está no : http://viewmorepics.myspace.com/index.cfm?fuseaction=user.editAlbumPhotos&albumID=0





Adeliane veio de longe, assim como muitos amigos. 


O meu adorado Marco Antonio Fusco, sempre perto.
 
Minhas queridas amigas Valéria e Neidinha.
 
Monica Tritone, para sempre.
 
Paulinha e Lícia, amo vocês.
 
Irene querida, obrigada por tudo. Olha a Larissa no fundo.
 
Com meu amado Oncologista Pedro Bes.

Doutor Ivo e Sandra Carelli. Agradeço a Deus por ter vocês ao meu lado.




3 comentários:

  1. Olá querida! estou terminando de ler o livro, que aliás veio com seu autógrafo!!! (ganhei do blog da @danikoetz) parabéns por ser e transmitir essa alegria e vontade de viver, serei sempre sua admiradora :) mas vou te contar uma coisa, essa história da ervilha que virou azeitona me botou medinho viu!!! tenho uma ervilha boazinha há 5 anos, faço mamo e eco de contole a cada meses e tals e TODOS os 254 medicos que consultei dizem não tem motivo pra tirar, que é do bem (gordura e tecido fibroso)mas na minha consulta (semana que vem) vou fazer um mega interrogatório!! fica com Deus e todos os Santos que a protegem! abraços com admiração

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  2. Oi, querida. Fica tranquila que a minha ervilha era diferente. Era um nódulo sólido e não de gordura. Mesmo assim, faça o mega interrogatório. É sempre divertido atormentar um pouquinho os médicos. Depois me conta. Um beijo e fica com Deus.
    Mirela

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  3. Poxa estou passando pelo mesmo processo, inicialmente como blogueira pra colocar as ideias em ordem. O processo de revelacao, aceitacao e luta contra o cancer de mama. Quero deixar registrado aqui que fico comovida e incentivada com toda esta capacidade de superacao.Valeu!

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